O Poder Feminino no Relacionamento com o Cliente
"O curioso paradoxo é que quando eu me aceito como sou, então posso mudar!"
Carl Rogers
Neste mês de Novembro, mais precisamente no dia 19, comemoramos o Dia do Empreendedorismo Feminino. E todo esse movimento em torno da presença da Mulher no mercado de trabalho me inspirou a compartilhar em palavras aquilo que já habita o meu coração há muito tempo.
Na área de Sucesso, Experiência e Relacionamento com o Cliente, poucas vezes nos damos conta das oportunidades que perdemos ao "esconder" as PESSOAS que estão por trás dessa nomenclatura: CLIENTE. E a verdade é: Quanto mais entendemos de pessoas, mais entendemos sobre diferenciação e percepção de valor, pois aprendermos a acessar esferas emocionais que habitam as PESSOAS.
Uma habilidade que anda lado a lado com o Relacionamento que construímos com aqueles(as) que fazem parte de nossas vidas, e que nos permite, em profundidade, personalizar nossas estratégias. Um processo que não pode ser medido e controlado apenas por números que revelam dados passados, mas sim por indicadores holísticos que nos direcionam para o futuro com base no presente.
É aí que surgem as oportunidades baseadas naquilo que somos, não apenas naquilo que fazemos. E o que somos revela habilidades naturais, e uma personalidade ímpar que define nosso comportamento e posicionamento - Os quais abrem, ou não, algumas portas.
Compreender o todo em que o nosso cliente (pessoa) vive, não apenas o todo que interessa para entregar a “minha parte", significa encontrar os caminhos para criar Experiências que promovem sentimentos positivos, e consequentemente memórias positivas. É nesse cenário que as habilidades naturais da Mulher, tais como a Empatia, nos ajudam a compreender a emoção do outro através de sua sensibilidade - Muitas vezes encarada como fraqueza, quando na verdade deve ser comunicada e posicionada como diferencial onde atuamos.
Essa sensibilidade para enxergar além do que o outro está fazendo/dizendo, e perceber o que ele está sentindo é o que constrói entregas que vão além da técnica, pois acessam o universo do inconsciente e trazem para o racional expectativas adormecidas.
Nós, Mulheres, precisamos educar quem está próximo de nós para que entendam que essa habilidade não pode ser substituída. Que a nossa participação nos ambientes de trabalho levando a Empatia como diferencial que vai além do "se colocar no lugar do outro", e alcança sua totalidade ao "compreender o outro emocionalmente", é o que fortalece o crescimento de uma curva de resultados que depende da relação Intimidade versus Tempo, pois através deles nascem as Conexões.
Precisamos entender o que o outro sente, e para isso devemos compreender a rotina do outro e todas as pessoas que fazem parte daquele universo. Sem esse movimento, a Empatia se transforma em um valor equivocado e raso, onde com base na minha experiência de vida deduzo o que o outro precisa, muitas vezes sem sequer ouvi-lo.
Acontece que vivemos dizendo que não temos tempo, e direcionamos nossas conversas apenas para solucionar questões técnicas. E as emocionais?
Os melhores relacionamentos são os que nos trazem os melhores resultados, e devem ser construídos de modo progressivo para que sejam duradouros. Aqui se destaca outra habilidade natural da Mulher: Unir, engajar.
O equívoco da maioria das empresas/profissionais é confundir que por ter um cliente presente em sua carteira há mais de 01 ano, por exemplo, isso é sinal de estar conectado com ele. Mas será que esse cliente não está ali apenas por conveniência? Será que ao se identificar com a Imagem e os Valores de outra Marca, esse cliente não migrará imediatamente?
Imagem + Valor + Reputação Pessoal impactam diretamente na Reputação Corporativa, na Diferenciação, e na Representatividade de uma Empresa. Perceba que quem fortalece as grandes marcas atualmente são as pessoas que estão dando voz à elas! E essa projeção está diretamente vinculada às nossas decisões relacionais que a todo momento impactam em nossos resultados.
Se compreendo essas influências na minha vida, como posso querer olhar o meu cliente de forma isolada? Sem considerar que a partir do momento em que ele(a) faz parte da minha rede, toda a rede dele passa a fazer parte da minha?
Esse cenário é o que se desdobra em inúmeras oportunidades, que só se concretizam quando de modo genuíno estamos interessados em entregar mais que técnica, produtos e serviços, e entregamos pessoalidade, personalidade, experiência para o outro.
Relacionar-se é um Ato de Servir. Uma habilidade comportamental que vem para nos apresentar um olhar complementar para a relação homem x mulher nos ambientes de trabalho. Um olhar com mais admiração, reconhecimento, respeito, onde compreendemos que:
Ao desejar ocupar o espaço do outro, dedicando mais energia àquilo que não é da minha natureza, apenas porque "enxergo" que o outro está em determinada posição por um comportamento X, também compreendo que esse movimento ao invés de nos impulsionar nos atrasa.
Muitas vezes queremos chegar a certos lugares replicando as habilidades de quem está onde eu gostaria de estar, sem nos respeitar. Mas será que precisamos das mesmas habilidades e características para ocupar o nosso espaço?
Não. Não precisamos replicar comportamentos para nos diferenciar. Não precisamos de movimentos brutos e bruscos para alcançar o que desejamos.
O nosso espaço já existe, já é nosso, pelo simples fato de estarmos aqui.
Sejamos fiéis às nossas personalidades, à nossa essência, e vamos juntas nos ajudar a lapidar isso! Esse posicionamento nos trará clientes, amigos, parceiros que reconhecem um movimento genuíno. Não tenhamos medo da vulnerabilidade que rodeia nossos ímpetos de coragem e posicionamento, pois é justamente assim que exercemos a nossa integridade.
Se estamos no caminho certo e sabemos que não podemos ficar paradas, precisamos estar juntas para nos manter em movimento. E que não tenhamos medo de sermos vistas como pessoas egoístas por aqueles que não compartilham da mesma visão que nós. Afinal de contas, como bem explicam as aeromoças: